CRF-MT reforça o papel da prevenção do Câncer de Mama
O Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso (CRF-MT), preocupado com a saúde das mulheres, e em comemoração ao Outubro Rosa desenvolveu a Cartilha sobre o Câncer de Mama.
O presidente do CRF-MT, Iberê Ferreira da Silva Junior destaca que o papel do farmacêutico na prevenção do câncer de mama é muito importante, porque a maioria das vezes o paciente vem a farmácia em busca de informações. “Então é nosso dever, orientar essas mulheres para que realizem o autoexame nas mamas e mantenham as consultas de rotina regulares. Os exames podem ajudar a identificar o câncer antes mesmo de os sintomas aparecerem”.
Iberê ressalta que o papel do farmacêutico vai além do preparo do medicamento antineoplásico, feito exclusivamente por esses profissionais. “A nossa responsabilidade não é só entregar um medicamento dentro do melhor padrão de qualidade, mas também acompanhar o resultado do tratamento. Quanto ao preparo, dentro da equipe multidisciplinar, somos mais um profissional para evitar que o paciente sofra danos por erro de medicamentos. Assim, a etapa da validação da prescrição é fundamental”, explica.
O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), órgão do Ministério da Saúde, divulgou no mês de outubro a estimativa para 2020 da incidência de câncer de mama no Brasil.
Estimam-se que 66.280 casos novos de câncer de mama para cada ano do triênio 2020-2022. Esse valor corresponde a um risco estimado de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama feminino ocupa a primeira posição mais frequente em todas as Regiões brasileiras, com um risco estimado de 81,06 por 100 mil na Região Sudeste; de 71,16 por 100 mil na Região Sul; de 45,24 por 100 mil na Região Centro-Oeste; de 44,29 por 100 mil na Região Nordeste; e de 21,34 por 100 mil na Região Norte.
Segundo o Inca, no mundo, o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres. Em 2018, ocorreram 2,1 milhões de casos novos, o equivalente a 11,6% de todos os cânceres estimados. Esse valor corresponde a um risco estimado de 55,2/100 mil. As maiores taxas de incidência esperadas foram na Austrália e Nova Zelândia, nos países do Norte da Europa e na Europa Ocidental. Independentemente da condição socioeconômica do país, a incidência desse câncer se configura entre as primeiras posições das neoplasias malignas femininas. Observou-se um declínio na tendência das taxas de incidência em alguns países desenvolvidos, parte atribuída à diminuição do tratamento da reposição hormonal em mulheres pós-menopausa.
Confira a Cartilha