Vacinação pode ser campo para empreender na área farmacêutica
O farmacêutico pode atuar em diversas áreas dentre 135 especialidades já regulamentadas pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). Um desses campos é o da imunização. A farmacêutica Karina Chiuratto é um exemplo de profissional que buscou empreender neste setor. Ela e o marido, Matheus Lima Chiuratto, que também é farmacêutico, comemoram três anos de sucesso com a implantação de uma clínica em São José dos Pinhais, na Região metropolitana de Curitiba (PR), criada exclusivamente com essa finalidade. Ela relata que quando o estabelecimento começou a funcionar, a realidade era outra. Naquele período, o profissional da Farmácia não podia assumir a responsabilidade técnica nesses casos.
“Nosso objetivo já era fazer um estabelecimento bem diferente, focado no paciente, com atendimentos agendados. Então, cada paciente agenda o seu horário. Aí nós fazemos toda uma triagem, uma anamnese e acompanhamento. Não é simplesmente chegar, aplicar a vacina e ir embora. E neste período precisávamos, ainda, de um médico como responsável técnico. Com o surgimento da RDC 197 e a possibilidade de o farmacêutico ser responsável técnico, nós superamos o nosso primeiro desafio. A partir daí, conseguirmos assumir a responsabilidade técnica e seguir como responsáveis pelo serviço de vacinação”, relata Karina.
A farmacêutica lembra que para atuar no serviço de vacinação, o farmacêutico precisa ser habilitado. O profissional habilitado pode trabalhar em diversos estabelecimentos como clínicas, hospitais, laboratórios, unidades de saúde e nas farmácias. “O Profissional que deseja realizar um serviço de vacinação deve atuar de acordo com a Resolução CFF nº 654, que estabelece os critérios básicos e essenciais para o serviço de vacinação pelo farmacêutico. Já os estabelecimentos de vacinação devem seguir à RDC nº 197 da Anvisa, que dispõe sobre os requisitos mínimos para o funcionamento do serviço de vacinação humana e, também, esses estabelecimentos devem se atentar para outras legislações municipais que possam existir”, explica.
Outra importante recomendação da farmacêutica, que também é mestre em Bioquímica, é que o profissional busque estar sempre atualizado. “É um setor que está em expansão, sempre surgem novas vacinas e sempre é importante estar se atualizando. Nós nunca paramos de estudar. Nós vamos atrás de cursos, de congressos, de workshops porque realmente há sempre muita atualização e modificação no calendário de imunização e nas próprias legislações. É muito gratificante, é uma responsabilidade muito grande, nós trabalhamos com vidas, com os filhos de outras pessoas, então realmente a gente entende o quão criterioso e como nós temos que estar preparados pra prestar esse serviço com qualidade e segurança”, recomenda Karina.
O conselheiro federal de Farmácia pelo Paraná, Luiz Gustavo Pires, ressalta que iniciativas como essas são referências a serem seguidas por outros profissionais. “Exemplos como este da Dra Karina devem ser divulgados para que outros colegas possam também desenvolver seu lado empreendedor. O CFF está sempre regulamentando e aumentando as possibilidades de atuação dos farmacêuticos e as vacinas são exemplo claro disso. Essa é mais uma atividade regulamentada pelo Plenário do CFF que aprovou uma resolução definindo as regras necessárias para a atuação do farmacêutico no serviço de vacinação”.
A Resolução CFF nº 654, que define os critérios básicos e essenciais para o serviço de vacinação pelo farmacêutico, foi publicada no dia 22 de fevereiro de 2018. Já a RDC 197 da Anvisa é de 24 de julho de 2017.
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Fonte: Comunicação do CFF