Saiba como foi a PNAF da Paraíba, que teve a participação da Conselheira do CRF-MT Tânia Trevisan
Por: Adelir da Veiga
Fonte: Fenafar
A Oficina Estadual da Paraíba de avaliação dos 10 anos da Política Nacional de Assistência Farmacêutica ocorreu nos dias 10 e 11 de outubro, com uma boa participação de profissionais farmacêuticos da rede pública, privada, gestores e estudantes, além da participação do Controle Social.
Estiveram presentes na abertura Debora Melecchi – Escola Nacional dos Farmacêuticos, Lia Almeida – FENAFAR, Monica Rocha – Secretaria de Saúde de João Pessoa, José Ricardo –Conselho Regional e Federal de Farmácia, Sônia Lacerda – Conselho Municipal de Saúde, Sergio Luis – Presidente do SIFEP – PB e Herbert Almeida – Presidente do SINDIFARMA de João Pessoa.
O Presidente do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado da Paraíba deu boas vindas a todos e a todas, agradecendo a presença e ressaltando a importância do evento desta magnitude no Estado, pois as avaliações tiradas nesta oficina estadual serão parte do diagnóstico nacional.
O Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos, Herbert Almeida, disse “estou muito feliz de estar aqui com todos, pois dentro de dois anos me formo como farmacêutico e tenho um desafio como presidente de um sindicato patronal, pois pretendo realizar algumas mudanças e quebras de paradigmas da conscientização dos empresários para proporcionar melhorias de condições de trabalho e qualificação para o profissional farmacêutico para exercer suas atividades na assistência farmacêutica com objetivo de unir os profissionais e os empresários em prol da sociedade.
Para a Presidente do Conselho Municipal de Saúde de João Pessoa, Sônia Lacerda, a “implementação da Política Nacional de Assistência Farmacêutica foi um avanço que se deu em decorrência dos debates que ocorreram no Conselho Nacional de Saúde, através de resoluções sobre a Assistência Farmacêutica. Mas, acredito que a PNAF não foi cumprida em sua totalidade porque muitos Conselhos estaduais e Municipais de saúde não estão comprometidos ou não debatem a assistência farmacêutica. Por isso, que ela ficou entendida apenas como dispensação de medicamentos, principalmente nas unidades de saúde, onde o medicamento é dispensado sem nenhuma orientação, apenas dispensado, pra mim isto não é assistência. A PNAF foi discutida entre os farmacêuticos e os profissionais médicos não conseguem ler nada a respeito da política, ou se quer tem conhecimento da política. Tanto o Rename quanto o Renume e a secretaria municipal de saúde precisam investir na informação e qualificação dos profissionais no sentido de ter uma orientação correta para o usuário”, concluiu.
José Ricardo, representante do Conselho Regional de Farmácia do Estado da Paraíba e do CFF, levantou as principais bandeiras defendidas pelo CRF como as 30 horas e a farmácia estabelecimento de saúde, além da luta por um piso nacional digno para os farmacêuticos, “que precisa ser reconhecido pelo poder público e privado, pois o seu papel dentro da farmácia de prestar uma assistência farmacêutica de fato e não apenas a dispensação, mas também o farmacêutico precisa se apoderar do seu trabalho e ter muita atenção nas orientações ao paciente e o proprietário da farmácia precisa ter esta consciência de que um paciente bem orientado pelo farmacêutico faz bem para a saúde para não ter danos ao organismo do paciente. Por fim, parabenizo pelo evento e pelos 10 anos da PNAF”.
Para Mônica Rocha, Secretária de Saúde de João Pessoa, a “ Política Nacional de Assistência Farmacêutica é uma política muito dinâmica, que requer um amparo na Ciência e Tecnologia e é este dinamismo da política que realmente precisamos sempre buscar. Precisamos de desenvolvimento, da matéria prima e de acertos de distribuição de medicamentos aos usuários. A PNAF busca a ampliação do acesso aos medicamentos, na informação e tudo o que está envolvido até chegar ao paciente e ao usuário. A política exige uma intersetorialidade com a rede privada e pública, onde precisamos estar muito bem articulados para que possamos avançar cada vez mais. Desejo que este encontro seja muito proveitoso e para os que estão participando desta Oficina, se sintam privilegiados pelo nosso estado ser um dos contemplados para a avaliação dos profissionais paraibanos e que todos aproveitam e sejam multiplicadores nos seus espaços”.
A Diretora da Fenafar, Lia Mello, agradeceu a todos pelo ótimo acolhimento dos paraibanos e disse que para a Fenafar “é muito importante estar nesta Oficina como uma das organizadoras e, também, porque este mês a Fenafar completa 40 anos e fica extremamente feliz em ouvir do colega do CRF/PB falando das bandeiras principais que a Fenafar defende há anos, e ao saber que outras entidades, como os Conselhos Regionais e Federal de farmácia estão encampados estas bandeiras. Isto só vem somar e quem ganha sãos os farmacêuticos”. Lia ainda falou que os 10 anos da PNAF contempla muitas das lutas da entidade. “São 40 anos de história em defesa da profissão, da saúde da população e por melhores condições de salário e de trabalho. Em nome do presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, quero desejar a todos uma ótima oficina a todos”.
Debora Melecchi, representante da Escola Nacional dos Farmacêuticos, fez agradecimento especial pela acolhida do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado da Paraíba em realizar a PNAF. Informou a todos que a Escola Nacional dos Farmacêuticos realiza cursos e palestras. Mas acima de tudo atua pela conscientização política, social e econômica.
Quando ocorreu a 14° CNS, a Escola realizou encontros regionais na construção de documento para ser discutido nesta instância do controle social. “Este ano, o CNS demandou a sua Comissão de Assistência Farmacêutica que montasse um evento pra avaliar os 10 anos da PNAF. E com a trajetória da escola, esta passou a ser executora desta discussão, propôs um método extremamente inclusivo que permite a participação de todos, conforme os entendimentos individuais, de maneira que se obtenha um produto que retrate a visão de farmacêuticos, profissionais da saúde e controle social sobre os avanços e desafios da PNAF, que resultará num documento final balizador para discussão nas etapas da 15° CNS, em 2015. Esta oficina PNAF da Paraíba proporciona um intercâmbio entre os estados. Pois, contamos com o apoio e participação de colegas de outros estados na condição de oficineiros, responsáveis pela coordenação no trabalho dos grupos”, concluiu Débora.
Após a abertura, foi apresentada pela Representante da Escola Nacional dos Farmacêuticos, Débora Melecchi a metodologia da PNAF e a Oficineira Tânia Trevisan do CRF/MT apresentou a como era a política antes de 2003 e os últimos 10 anos.
A tarde foi divido em grupos que discutiram os 5 temas da PNAF – Acesso, Recursos Humanos, Financiamento, Gestão e Ciência e Tecnologia.
No dia seguinte, dia 11, sábado pela manhã foi a vez dos relatores apresentar os resultados dos grupos e fechar a matriz com os diagnósticos e debate com os presentes.
Tiveram participações importantes como Oficneiras, a diretora da Fenafar, Gilda Almeida, Fernanda Nazário do CRF/DF, Renia Souza,da Secretaria Municipal da Saúde , Hariad Ribeiro, vice presidente do Sinfep, Tânia Trevisan do CRF/MT.