O que o farmacêutico deve fazer ao se deparar com um paciente com suspeita de COVID-19?
Quando uma epidemia acontece, a farmácia é o estabelecimento que está na linha de frente e tem uma responsabilidade crucial na proteção à saúde da população. Como farmácias tem um grande fluxo de pessoas, e muitas dessas podem ser doentes assintomáticos, várias medidas importantes devem ser tomadas.
É natural que pessoas com sintomas respiratórios busquem a farmácia para atendimento ou compra de medicamentos. A equipe deve estar apta a acolher, identificar, avaliar, orientar e encaminhar esse paciente.
As farmácias são frequentemente o primeiro ponto de contato com o sistema de saúde para quem tem preocupações relacionadas à saúde ou, simplesmente, necessita de informação e aconselhamento confiável. Além disso, elas tornaram-se parte importante, às vezes indispensáveis, ao sistema público de saúde.
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE
(Estas medidas são recomendadas apenas a partir da terceira fase epidemiológica. Quando houver transmissão comunitária e sustentada da doença no país, conforme definido pelo Ministério da Saúde e a critério de cada empresa.)
Identificar clientes com sintomas suspeitos
Todo cliente identificado com sintomas de infecção respiratória deve ser encaminhado para uma área isolada, bem ventilada e deve ser atendido pelo farmacêutico, que deve utilizar máscara durante o atendimento.
Fornecer ao cliente medidas de proteção imediata
Se um cliente entrar na farmácia com sintomas respiratórios recomenda-se: oferecer máscara ou, na falta desta, lenço de papel descartável. Orientar o cliente que não possua máscara que, ao tossir e espirrar, cubra o rosto com o lenço ou com o próprio cotovelo para evitar a disseminação do vírus. Manter distância de no mínimo um metro ao conversar com o cliente. Solicitar aos demais clientes que mantenham uma distância segura de pelo menos 1 metro.
Atendimento e anamnese
Seguir o protocolo de atendimento para casos suspeitos, realizando anamnese do paciente a fim de conhecer seus sintomas, história recente e gravidade do quadro.
Pacientes com sintomas leves de infecção respiratória
Orientar o paciente que vá para casa, permaneça isolado, tomando medidas de autocuidado. Caso ele não possa fazer isso por conta própria, deverá procurar atendimento médico imediatamente para avaliação e obtenção de atestado, a critério médico.
Paciente acima de 60 anos ou portadores de doenças crônicas, mesmo com sintomas leves, devem ser encaminhados para atendimento médico imediatamente
Todos os pacientes devem ser orientados a procurar atendimento médico imediato caso os sintomas persistam ou piorem nas próximas 24 horas.
Pacientes com sintomas moderados e graves de infecção respiratória
Pacientes com sintomas que indiquem maior gravidade, principalmente febre alta persistente há dias e dificuldade em respirar, devem ser encaminhados imediatamente. O Ministério da Saúde recomenda que essas pessoas sejam atendidas na atenção primária à saúde ou unidades de pronto atendimento, evitando-se encaminhamento direto para hospitais.
Medidas após o atendimento
Desinfectar locais e objetos de trabalho após a saída do cliente. Higienizar as mãos.
Padronização e treinamento
Todos os funcionários devem ser treinados para seguir rigorosamente as recomendações de atendimento a casos suspeitos.