Mato Grosso diz não à MP 653/14
Por: Luiz Perlato – Fotos: Estela Vieira e Luiz Perlato
Fonte: CRF-MT
Estudantes de Farmácia e farmacêuticos ocuparam a praça central de Cuiabá em protesto à medida provisória que ameaça a saúde pública com a retirada dos farmacêuticos das farmácias. A imprensa deu ampla cobertura à manifestação.
Farmacêuticos e acadêmicos dos cursos de Farmácia foram à rua na capital de Mato Grosso, nesta quarta-feira (19), para protestar contra a Medida Provisória 653/14 e buscar apoio para a sua rejeição no Senado. Munidos de cartazes e apitos, e trajando roupa escura em sinal de luto, os manifestantes mandaram um claro recado aos parlamentares em Brasília: eles querem a permanência do farmacêutico nas farmácias, e por isso exigem que MP 653/14 não seja homologada.
A manifestação foi organizada pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de Mato Grosso e pelo Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Mato Grosso (Sinfar-MT), com o objetivo de alertar sobre este ataque aos direitos à saúde da população e o que irá acontecer caso a medida provisória seja aprovada.
Um número expressivo de participantes compareceu à Praça Alencastro, onde teve a concentração inicial, e fez um intenso barulho com seus apitos e falas com o carro de som que deu suporte à manifestação.
Os manifestantes também ocuparam as faixas de pedrestres diante dos semáforos para transmitir a mensagem contra a MP 653/14, cuja existência só foi percebida hoje pela maioria do povo que passava pelas ruas centrais de Cuiabá.
Entre os participantes, um dos destaques foi a presença do novo presidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), Jerolino Lopes Aquino. Além de falar ao microfone para a animada plateia constituída principalmente por farmacêuticos e acadêmicos de Farmácia, Jerolino também foi entrevistado pelos jornalistas e reforçou a luta contra a MP 653/14.
“Esta medida provisória é triste e lamentável”, disse ele, complementando que o ser humano está cada vez mais desassistido. “A saúde pública no Brasil, infelizmente, seja por uma maneira ou outra mas principalmente sobre gestão, ela não está satisfazendo às necessidades da comunidade, e uma vez que uma medida provisória como essa entra em ação, se ela for realmente homologada, o que vai restar será um povo menos assistido e mais doente. É um povo que, em função disso, irá dar mais despesa para os órgãos públicos”, disse Jerolino.
A imprensa deu ampla cobertura ao ato público, e vários representantes da Categoria se alternaram nas entrevistas às equipes de reportagem, principalmente dos canais de televisão, que tiveram imagens de sobra para reforçar as informações.
Ao final do ato, a diretora do CRF-MT Tânia Trevisan agradeceu a presença dos jornalistas e também dos farmacêuticos e estudantes que compareceram ao ato. Além de Tânia Trevisan, os conselheiros Wagner Coelho, José Ricardo, Carla Cenira e Josanil Bezerra estiveram presentes e ajudaram a comandar a manifestação, juntamente com os representantes do Sinfar-MT e dos cursos de Farmácia das universidades da capital de Mato Grosso.