Farmacêutico alerta para os cuidados com pacientes hipertensos
As pessoas que sofrem de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), popularmente chamada de pressão alta devem ter atenção especial para mantê-la sob controle. Ainda mais nos dias atuais com a pandemia do coronavírus.
Nesta segunda-feira (17.05) é comemorado o Dia Mundial da Hipertensão Arterial e, o Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso (CRF-MT) aproveita para alertar as pessoas sobre o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).
Para tratar sobre esse assunto o CRF-MT, entrevistou o farmacêutico Carlos Henrique Gomes Lima para abordar sobre o tema.
Carlos Henrique Gomes Lima é formado em Farmácia pelo Centro Universitário de Votuporanga (SP), especialista em Farmacologia e Interações Medicamentosas. Possui um canal no Youtube, onde dá dicas sobre saúde. O nome do canal é ‘Informe-se com o farmacêutico’.
O farmacêutico explica que as pessoas que sofrem desta doença devem seguir as orientações médicas e tomar todo o cuidado possível. “Os portadores de hipertensão, quando acometidos pela Covid-19, têm risco aumentado de desenvolver quadros graves da infecção, sobretudo, se a pressão estiver descontrolada.
A infecção causada pelo novo coronavírus entra pela via respiratória e pode provocar uma sobrecarga fatal aos pacientes cardiopatas. Isso acontece porque o paciente já é portador de uma doença cardíaca e, por si só, ele possui uma reserva funcional do sistema cardíaco menor que as suas necessidades frente à doença. Por este motivo é fundamental que o paciente siga rigorosamente com o tratamento indicado pelo cardiologista, mantenha o isolamento social e faça uso dos equipamentos de segurança, como a máscara e o álcool em gel.
No Brasil, aproximadamente 35% da população tem a enfermidade, segundo dados do Ministério da Saúde, mas metade nem sabe disso. Das pessoas que têm conhecimento, 50% fazem uso de medicação, e, dessas, apenas 45% têm a pressão controlada.
Além de ser uma doença, a hipertensão arterial é um fator de risco para outras enfermidades, como insuficiência renal, falência dos rins, demência e alterações na visão.
Mas o destaque fica para as doenças cardiovasculares, pois elas são as que mais matam no mundo. Para se ter uma ideia, até o dia 13 de maio de 2021, no Brasil, foram mais de 146 mil mortes por esse motivo, segundo dados do Cardiômetro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Doenças cardiovasculares
As doenças cardiovasculares são um grupo de doenças do coração e dos vasos sanguíneos. O infarto agudo do miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral (AVC) são as duas causas que mais matam no país. Somados, o índice representa quase 40% dos óbitos. Entretanto, alguns especialistas ressaltam que, a arritmia cardíaca, o mal súbito e tumores no coração também podem levar a óbito se não forem tratados.
O diagnóstico para tais enfermidades se dá por meio das consultas regulares ao médico e a realização de exames, conforme orientação e supervisão do profissional de saúde. Por mais corriqueiro que possa parecer, manter hábitos saudáveis e o check-up em dia são os pilares mais importantes para cuidar da saúde do coração.
O principal tipo de pressão alta é o primário, responsável por 95% dos casos, segundo o Ministério da Saúde. Mas, também há vários fatores que exercem influência. O número um é o consumo excessivo de sal. Apesar de ser recomendado no máximo 4g por dia, o brasileiro ingere de 10 a 12g, e isso inclui as quantidades utilizadas no preparo dos alimentos e também o que se encontra nos produtos processados e industrializados, enlatados, embutidos e conservas são alguns. Os demais são: tabagismo, obesidade, estresse, colesterol alto, sedentarismo, poluição e diabetes.