CRF-MT alerta para os riscos da automedicação em casos de dengue e orienta sobre medicamentos contraindicados
Com o aumento dos casos de dengue em Mato Grosso, o Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso (CRF-MT) reforça a importância de buscar orientação profissional antes de utilizar qualquer medicamento. A automedicação, especialmente em situações como essa, pode agravar o quadro clínico e levar a complicações.
Um dos principais alertas do CRF-MT diz respeito ao uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), como o ácido acetilsalicílico (AAS), popularmente conhecido como aspirina. Esses medicamentos podem aumentar o risco de sangramentos, o que é extremamente perigoso em casos de dengue, pois a doença já pode causar essa complicação.
“É fundamental que a população esteja atenta às informações contidas nas bulas dos medicamentos”, afirma a farmacêutica do CRF-M, Karina Luckmann. “Muitas vezes, a contraindicação para casos de dengue já está expressamente indicada, como é o caso dos medicamentos contendo salicilatos”.
A automedicação pode mascarar os sintomas da dengue, dificultando o diagnóstico correto e o tratamento adequado. Além disso, alguns medicamentos podem interagir de forma negativa com o vírus da dengue, agravando o quadro clínico e aumentando o risco de complicações como a dengue hemorrágica.
Embora não exista uma lista oficial de medicamentos contraindicados para a dengue, o CRF-MT alerta que qualquer medicamento que possa aumentar o risco de sangramentos ou reduzir a contagem de plaquetas deve ser evitado.
A melhor forma de prevenir a dengue é combater o mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Elimine os criadouros do mosquito em sua casa e no seu entorno, como vasos com água parada, pneus velhos e outros recipientes que possam acumular água.
Karina reforça a importância da conscientização da população sobre os riscos da automedicação e da busca por orientação profissional em caso de suspeita de dengue. “A prevenção e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações e garantir a saúde da população”, conclui.
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