Consumo de remédios falsos no país preocupa Sincofarma
Por: Yuri Ramires
Fonte: Diário de Cuiabá
O aumento da venda e consumo de medicamentos falsificados está preocupando o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de Mato Grosso (Sincofarma-MT). O uso pode prejudicar o quadro clínico do paciente e até mesmo o matando. Entre os medicamentos mais falsificados estão antidepressivos, Viagra e emagrecedores. A preocupação é tanta que o sindicato lançou uma campanha na televisão.
Conforme o presidente do sindicato, Ricardo Ramão Cristaldo, já foi alertado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que o brasileiro consome em média 30% de medicamentos falsos. Apesar de não possuir um número regional, Ricardo destaca que a venda desses produtos faz parte da realidade do mato-grossense.
Os produtos chegam às prateleiras por meio de cargas roubadas, podendo ser também composições sem registros na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo Ricardo, o consumidor deve ficar atento aos preços baixos ofertados no mercado.
“Existe hoje uma cultura popular em que o celular caro é o melhor, roupas só se forem de grifes, mas o remédio, esse sim precisa ser o mais barato. Isso não é verdade”, explica Ricardo.
O mais preocupante do consumo, segundo o farmacêutico, é que o uso desse tipo de medicação pode matar. “Quem procura pelo menor preço, pode sofrer com as consequências no futuro. A consequência por fazer um tratamento indevido”, ressalta. Para ele fica claro que se há esse tipo de oferta, é porque existe mercado, consumo.
Para evitar comprar medicamentos falsos, o consumidor deve se atentar para o local de compra. As farmácias devem deixar a vista dos clientes os alvarás de funcionamento, expedidos pela prefeitura, vigilância sanitária e Conselho Regional de Farmácia. “Essa é uma das formas de garantir a compra de um produto de qualidade”.
Entre os produtos mais falsificados estão os antibióticos, analgésicos, emagrecedores, antidepressivos e estimulante sexual, o viagra.
“Esses produtos são os mais visados por esse mercado negro, devido a grande quantidade de vendas”, frisa o presidente. Ele exemplifica o caso dos viagras, que seu genérico sai por R$ 10 reais e o falsificado é encontrado por R$ 1,00.
O paciente deve procurar um médico, caso esteja tomando um medicamento para inibir uma reação, mas que só aumenta. “O consumidor e paciente deve se atentar aos alertas dado pelo corpo. Se você está tomando um medicamento que não faz efeito, pelo contrário, só aumenta os sintomas, você precisa consultar o médico. Preço baixo não é tudo!”, finaliza o presidente.