Conselheira do CRF-MT, Isanete Bieski fala sobre a importância do Uso Racional de Medicamentos para acadêmicos do Univag
Em comemoração ao Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, a conselheira e diretora do CRF-MT, Isanete Bieski ministrou uma palestra para os acadêmicos do curso de Farmácia do Univag, para orientar e falar sobre a importância destes cuidados.
De acordo com a conselheira, os medicamentos não são produtos de venda comum, e, portanto, não devem ser comercializados como simples mercadorias. Para garantir que seu uso seja realizado de maneira correta, existem restrições e orientações que evitam reações prejudiciais ao usuário.
A Organização Mundial de Saúde considera que há uso racional de medicamentos quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade.
Os danos causados por medicamentos, além de graves, custam quase R$ 90 bilhões ao ano para o Sistema Único de Saúde (SUS). A cada real investido no fornecimento de medicamentos, o governo gasta cinco reais para tratar as morbidades relacionadas a medicamentos (MRMs). As mais onerosas são as causadas por reações adversas (39,3% dos gastos), pela não adesão ao tratamento (36,9%) e pelo uso de doses incorretas (16,9%). Metade dos casos poderia ser evitada com uma supervisão mais cuidadosa e efetiva dos tratamentos.
Isanete destaca que foram abordados o uso inadequado de fitoterápicos, os riscos da automedicação, armazenamento correto de medicamentos, principais diferenças entre medicamentos de referência, genérico e similar, possibilidade de intercambialidade, forma de utilização das diferentes formas farmacêuticas, contribuição do farmacêutico para melhoria da qualidade de vida de todos.
“A automedicação sem orientação de um profissional de saúde representa um risco a saúde da população. O Farmacêutico é de extrema importância para a atenção primária a saúde, pois sua orientação quanto ao uso correto da medicação previne malefícios oriundos do consumo abusivo de medicamentos”, finaliza a conselheira.