Comissão Permanente de Farmácia e Terapêutica apresenta RESME ao Plenário do CRF-MT
Por: Luiz Perlato
Fonte: CRF-MT
A apresentação da Relação Estadual de Medicamentos Essenciais, feita pela Comissão Permanente de Farmácia e Terapêutica da Secretaria de Estado da Saúde, foi um dos destaques da Reunião Plenária de ontem (13/07/2015) do Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso (CRF-MT).
Após a exposição, conduzida pela farmacêutica Kelli Nakata, vice-presidente da Comissão Permanente de Farmácia e Terapêutica, houve um debate entre os Diretores e os Conselheiros com as farmacêuticas da Comissão, com a troca de sugestões e orientações sobre como os conhecimentos serão colocados em prática.
“O trabalho da Comissão foi muito bem elaborado e muito bem feito tecnicamente”, elogiou o presidente do CRF-MT, Alexandre Henrique Magalhães. Ele destacou que o estudo levantou todo o custo benefício, bem como a eficácia e a segurança dos medicamentos relacionados. “Elas fizeram um estudo profissional sobre esses medicamentos, para chegar a uma relação de medicamentos estaduais coerente, que atenda os principais agravos de saúde. A gente espera, agora, que o Governo implante isso de fato. E não apenas que o Governo implante e faça acontecer de fato a utilização da Relação, mas que os outros profissionais de saúde prescritores também se adequem a isso”.
Alexandre Magalhães frisou que quem tem a ganhar com isso é a sociedade. “Quando se tem uma relação de medicamentos essenciais, desde que o gestor garanta tais medicamentos e os profissionais de saúde não fiquem prescrevendo medicamentos fora do preconizado, há uma melhor garantia de fornecimento. Não que não deva existir prescrição fora da relação. Sempre existem aqueles casos em que a pessoa necessita de algum outro medicamento que não faz parte da relação de medicamentos essenciais e que não tem outra alternativa ou um substituto. Aí sim, é óbvio, que se a pessoa necessita e não há medicamento correspondente, ela tem o direito de cuidar da sua saúde. Mas a relação de medicamentos serve para nortear e seguir um protocolo ou critério a ser utilizado”.
O presidente do CRF-MT também falou que o Conselho ficou feliz em ter feito parte desse trabalho. “Fazemos parte dessa comissão já que o Conselho tem representantes na Comissão. Além disso, porém, tivemos a possibilidade de ver esse trabalho acontecer porque quase todo o trabalho foi realizado nas dependências do CRF-MT. A gente cedeu uma sala com toda a estrutura necessária para a Comissão de Farmácia Terapêutica trabalhar durante praticamente seis meses. Portanto, o Conselho foi uma extensão de serviço para a sociedade. Esse produto que hoje o Governo do Estado está colocando à disposição da sociedade mato-grossense foi feito pela Comissão de Farmácia e Terapêutica e nasceu aqui dentro do CRF-MT, porque foi aqui que as farmacêuticas desenvolveram seus trabalhos com o nosso apoio e a nossa estrutura”.
Segundo Alexandre Magalhães, o CRF-MT estará sempre aberto e sempre disposto a ajudar o Governo do Estado e as prefeituras de Mato Grosso, bem como o Governo Federal ou qualquer entidade pública que tenha interesse em cuidar do cidadão. “Estamos aí para ajudar e ser parceiro dentro do que a gente puder. O nosso objetivo é a garantia da assistência terapêutica integral”, concluiu ele.
O tesoureiro do CRF-MT, Ednaldo Anthony de Jesus Silva, a secretária geral da entidade, Tânia Trevisan, e todos os conselheiros também parabenizaram as farmacêuticas da Comissão Permanente de Farmácia Terapêutica da SES/MT pelo trabalho realizado.
Para Tânia Trevisan, muitos desafios ainda virão, mas é preciso estar firme e forte. “A partir do momento em que a gente começa a exteriorizar este trabalho as dificuldades vão aparecer. Hoje, dentro do Sistema Único de Saúde, o que está sendo valorizado é justamente a avaliação de tecnologias em saúde, devido a essa demanda que temos atualmente do SUS. Não sabemos qual a qualidade de muitos produtos que estão sendo oferecidos à população, e vocês mostraram aqui o que está sendo oferecido, e então é isso que os gestores precisam saber”, destacou ela, acrescentando que o Tribunal de Contas e o Judiciário atuam como aliados neste trabalho, à medida que cobram uma melhor gestão dos recursos públicos.
“Como participante desse processo, não posso deixar de agradecer, principalmente à doutora Lucí, por ter assumido a presidência e ter conduzido a Comissão até este momento. Mas tenho certeza que a colaboração de todos foi fundamental. Precisávamos de pessoas que abraçassem a causa, e vocês abraçaram, assumindo formalmente a Comissão”, externou a secretária geral do CRF-MT.