CFF capacita farmacêuticos para fiscalizar atividade de Radiofarmácia
Preparar farmacêuticos dos conselhos regionais e das vigilâncias sanitárias estaduais para reforçar, em todo o país, a fiscalização do exercício da Radiofarmácia, especialidade que envolve atribuições privativas do farmacêutico: esse é o objetivo do Conselho Federal de Farmácia (CFF) com a realização de um curso que começou na manhã desta terça-feira, 5 de junho, e se estende até amanhã, 6, das 8 às 18h30, na sede do Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal (CRF-DF). Quarenta e dois farmacêuticos participam da capacitação, que tem carga horária de 16 horas.
“Uma fiscalização mais efetiva vai garantir a inclusão, no mercado, dos profissionais especializados na área e melhorar a qualidade do atendimento prestado aos usuários desses serviços”, comenta o presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter da Silva Jorge João. O membro do Grupo de Trabalho sobre Radiofarmácia do CFF, Ralph Santos-Oliveira, explica que “a Radiofarmácia envolve os medicamentos radioativos, tanto para diagnóstico quanto para terapia”.
Entre as atribuições privativas do radiofarmacêutico estão a produção, o controle de qualidade, o fracionamento, o armazenamento, a distribuição e a dispensação de radiofármacos por meio do sistema coletivo ou de doses individualizadas e unitárias. A ideia é que os fiscais tenham total compreensão da atividade de Radiofarmácia para que eles possam verificar a execução e a presença de responsáveis técnicos farmacêuticos em todos os locais onde se presta esse serviço.
Esse é o segundo curso realizado pelo CFF. Nos dias 29 e 30 de maio, em São Paulo, foram contemplados 53 fiscais das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O coordenador do Grupo de Trabalho sobre Radiofarmácia, professor Tarcísio Palhano, detalhou, em sua fala, os motivos pelos quais o CFF decidiu promover estes cursos. Ele disse que havia uma necessidade de melhor qualificar o farmacêutico fiscal para inspecionar os estabelecimentos que lidam com radiofármacos por todo o Brasil. “Havia uma lacuna na formação desses fiscais, tanto dos CRFs quantos das Vigilâncias Sanitárias, haja vista que eles têm um papel importante de fiscalizar esses estabelecimentos”.
O professor Tarcisio Palhano agradeceu aos envolvidos na realização do curso e ao presidente do CFF, Walter da Silva Jorge João, por ter acatado a proposta do GT. “Também quero agradecer ao CRF-DF, na pessoa da presidente Gilcilene El Chaer e sua diretoria, por ter disponibilizado toda a estrutura do CRF-DF para a realização do evento e, de modo especial, aos participantes que atenderam ao nosso convite e estão aqui se capacitando para tão importante tarefa”, discursou o professor.
Estão presentes fiscais das regiões Norte (Amazonas, Amapá, Rondônia e Roraima), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco e Rio Grande do Norte) e Centro-Oeste (Mato Grosso e Distrito Federal), além de farmacêuticos do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, que não puderam participar da primeira edição.
O curso é ministrado pelos farmacêuticos, Ralph Santos-Oliveira e Marta de Souza Albernaz. Ralph é doutor em Biotecnologia e membro da Câmara Técnico Temática de Radiofarmácia da Farmacopéia Brasileira, da Câmara Técnica de Radiofarmácia do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro (CRF-RJ) e presidente da Associação Brasileira de Radiofarmácia. Marta é mestre em Ciências Farmacêuticas pela UFRJ e farmacêutica no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e no Instituto Estadual de Dermatologia Sanitária, atuando na área de Medicina Nuclear e Farmácia Hospitalar.
Autor: Murilo Calda