O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo. A estimativa do Ministério da Saúde nos últimos dois anos era de 59.700 casos por ano, no Brasil. O sintoma mais comum da doença é o aparecimento de nódulos na área dos seios. Outros sinais são edema na pele semelhante à casca de laranja; dor, inversão do mamilo, descamação e secreção ou, ainda, gânglios na axila.
Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados pelo médico, pois também podem não estar relacionados ao câncer. O diagnóstico precoce é uma estratégia que possibilita terapias mais simples e efetivas. Por isso, é importante a mulher observar o próprio corpo para identificar alterações mesmo antes dos exames.
A mãe da farmacêutica Mayde Torriani, mesmo com os exames periódicos em dia foi surpreendida com um câncer de mama há 11 anos. “Apesar de ela fazer os exames periódicos todos, como a mamografia, e ir ao ginecologista com a frequência que demanda todo o protocolo, mesmo assim apareceu um nódulo no seio, ela foi fazer os exames, e veio a notícia de um tumor maligno”.
Acompanhar a doença da mãe e todos os efeitos colaterais do tratamento fez com que a farmacêutica se sensibilizasse e buscasse atuar nesta área para ajudar outras pacientes. Mayde hoje é diretora da Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia (Sofrafo). Ela também atua na farmácia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde entrega medicamentos quimioterápicos para uso domiciliar. De acordo com Mayde, o maior desafio é ajudar essas mulheres a reduzir o impacto do tratamento, como queda de cabelo, dores, entre outras ocorrências, como no caso do uso de medicamentos para o controle de hormônios.
A farmacêutica explica alguns procedimentos que podem minimizar os efeitos do tratamento. “Pode ocorrer retenção líquida, então a mulher vai ter edema nas pernas. Ela pode achar também que está engordando, mas é justamente essa retenção de líquido. Uma outra reclamação é sobre os calorões, ressecamento da pele, pois como a gente vai estar reduzindo o estrogênio, consequentemente, o ressecamento da pele vai ser bem frequente. Então, a gente orienta que essa mulher passe a usar mais hidratantes, são meios de amenizar esses efeitos adversos”.
De acordo com o Ministério da Saúde, os principais fatores de risco comportamentais relacionados ao desenvolvimento do câncer de mama são o excesso de peso corporal, a falta de atividade física e consumo de bebidas alcoólicas. Estima-se que, por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama.