“Ajuda do CRF-MT foi essencial para o desenvolvimento da atividade de imunização”, diz farmacêutica

Para a farmacêutica Marinette Borges, o advento de duas resoluções, uma da  Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( ANVISA ) e a outra do Conselho Federal de Farmácia (CFF), foram um grande passo para a valorização profissional da categoria enquanto agentes de saúde. Tratam-se da  RDC Nº 197, de 26 de dezembro 2017  da Anvisa,  que dispõe sobre os requisitos mínimos para o funcionamento dos serviços de vacinação humana. e da Resolução do CFF  nº 654, de 22 de fevereiro de 2018, que prevê que durante todo o período de funcionamento do estabelecimento com o serviço de vacinação será obrigatória a presença de farmacêutico apto a realizar o atendimento, devendo ser garantida a autonomia técnica para realizá-la.

Segundo ela, a atuação dos farmacêuticos nas vacinações veio ajudar a sociedade em relação a um direito sublime, ligado à saúde e à qualidade de vida. A farmacêutica também declarou que o suporte e a orientação do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Mato Grosso foram muito úteis para ela na hora de colocar em prática a sua especialização em vacina.

“Durante meu processo de instalação da sala de vacinação em drogaria, por ser uma mudança pioneira na região, considero a ajuda do Conselho Regional de Farmácia como essencial para o desenvolvimento desta atividade de imunização, tanto pela ajuda estrutural na construção e conformidade as legislações vigentes, como no apoio proporcionado por todo corpo do Conselho, onde recebi o reconhecimento ao meu avanço como profissional da saúde, acompanhamento e auxílio em todos os pequenos passos para este grande salto“, afirmou.

Em Mato Grosso, por enquanto, há 13 farmacêuticos habilitados para o serviço de dispensação e aplicação de vacinas, e a Dra. Marinette Borges, de Cuiabá, está entre eles, tendo sido uma das primeiras no Estado a se especializar nesta  área profissional. Especializada em Atenção Farmacêutica & Farmácia Clínica, ela também é uma educadora em diabetes mellitus e atua em meu próprio estabelecimento, onde abriu um consultório farmacêutico.

O farmacêutico Jeferson Márcio Barbiero também faz parte dessa lista. Ele está para abrir um centro de vacinação num laboratório de análises clínicas em Sapezal. Segundo ele, a inauguração deverá ocorrer em novembro, e será o primeiro centro de vacinação num laboratório em Mato Grosso.

Importância da atuação farmacêutica

“Como profissional farmacêutica que atua em farmácia comunitária própria com sala de vacinação, entendo, com meu estudo e prática de trabalho, a importância da atuação do farmacêutico nesta área e me orgulho profundamente desta responsabilidade, pois a vacinação é um dos pilares mais importantes para a saúde coletiva da nossa população. Ademais acredito que é de responsabilidade também do farmacêutico auxiliar e orientar todos seus pacientes sobre a situação da imunização do país, trabalhando assim para evitar que exista o agravamento das situações de outras doenças como o Sarampo que são facilmente prevenidas com a prática da imunização“, diz Marinette.

Na avaliação da farmacêutica, esta expansão dos serviços de saúde ocorreu como resposta ao “fenômeno de transição demográfica e epidemiológica observado na sociedade“. Exemplo disso, conforme destacou, foi a recente perda do certificado de erradicação do Sarampo. “Com o aumento assustador de casos no País, principalmente pela difusão das famigeradas fake news, e também pela desinformação da sociedade sobre importância da vacinação para a prevenção destas doenças, que representam riscos enormes à saúde da população“, concluiu.