Mercado Aberto: Venda de remédio sem receita tem recuo maior que a média do setor
Por: Maria Cristina Frias
Fonte: CFF / Folha de S.Paulo
A desaceleração registrada pelo setor farmacêutico no início deste ano foi sentida com mais força entre os medicamentos que não necessitam de prescrição médica.
A alta no volume de vendas dos remédios sem receitas passou de 13% no primeiro trimestre de 2014 para 7,2% até março deste ano, segundo a Abrafarma (associação de farmácias), com base em dados da IMS Health.
A freada foi mais brusca que a do setor em geral, cujo crescimento foi de 11,7% para 8,1% no mesmo período.
A crise econômica, que reduziu o nível de confiança e o poder de compra do consumidor, é um dos principais motivos para o cenário.
A baixa nas vendas atingiu principalmente produtos que são considerados menos essenciais no curto prazo, como itens de nutrição, vitaminas e dermocosméticos.
“Isso ocorreu com menos intensidade entre os medicamentos prescritos, principalmente os de uso contínuo”, diz Sérgio Mena Barreto, presidente da Abrafarma.
No grupo das grandes redes varejistas representadas pela entidade, o faturamento no primeiro trimestre de 2015 foi de R$ 8,24 bilhões, uma alta nominal de 10,4% em relação ao ano anterior.
Apesar do avanço ainda na casa de dois dígitos, ele foi inferior aos 16,7% computados de janeiro a março de 2014.