Regulamentação do serviço farmacêutico de aplicação de vacinas é motivo de comemoração neste 9 de junho, Dia Nacional da Imunização
Segundo o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Mato Grosso (CRF-MT), Alexandre Henrique Magalhães, o farmacêutico é um profissional de extrema necessidade no processo de imunização. “O farmacêutico é um profissional da área da saúde que tem total condição e é fundamental neste processo de auxílio no cuidado da saúde e do povo”, diz ele.
Membro do Grupo de Trabalho em Vigilância Sanitária do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Alexandre Magalhães destaca que a vacina é um medicamento, e que além do conhecimento sobre o medicamento o farmacêutico também possui totais condições de administração desse medicamento.
Nas palavras do Presidente, quando o CFF regulamentou as atribuições de farmacêuticos em serviços de vacinação através da Resolução nº 654/2018, foi justamente pelo reconhecimento da capacidade técnica e científica deste profissional, aliado à publicação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com a RDC nº 197/2017, que amplia o serviço privado de vacinação e disciplina o que o farmacêutico precisa fazer.
Magalhães complementa a explicação afirmando que, por mais que se entenda que o farmacêutico tem toda capacidade técnica e científica sobre medicamentos e sobre administração de medicamentos incluindo vacinas, ele precisa ter outros conhecimentos relacionados à imunização em si, e isso é disciplinado pelo Conselho Federal de Farmácia através de norma específica, a Resolução 654/2018.
OPORTUNIDADE
Conforme dados da Unimed Cuiabá, em apenas 1 mês foram aplicadas mais de 10 mil vacinas contra a gripe em Mato Grosso. O farmacêutico Diego Rocha, diretor técnico da Distribuidora interpreta isso como uma oportunidade para os profissionais farmacêuticos, que recentemente tiveram esta atribuição com vacinas regulamentada pelos órgãos do setor. “Estamos vivendo um momento de ascensão para nós farmacêuticos”, afirma ele, acrescentando que o mercado em Mato Grosso ainda é muito carente de profissionais habilitados, e que o farmacêutico, por sua vez, amplia o acesso da população a este serviço de saúde, anteriormente prestado apenas por médicos e enfermeiros.
Para Diego, os farmacêuticos devem aproveitar este momento e buscar a devida qualificação, mas quem ganha com a regulamentação da atuação do farmacêutico na imunização é a sociedade, haja vista que até o ano passado apenas médicos e enfermeiros podiam aplicar vacinas, e que o farmacêutico, por sua vez, veio para ampliar o acesso da população a este serviço de saúde ainda muito carente em Mato Grosso.
REQUISITOS
Para atuar na vacinação não basta ser farmacêutico, pontua o presidente do CRF-MT. O interessado também tem que ter um curso de vacinação, ou experiência comprovada neste serviço, e tem que obedecer os critérios estabelecidos pela RDC 197/2017 da Anvisa e a Resolução 654/2018 do CFF.
“Além disso, o profissional tem que ter a estrutura exigida para o serviço de vacinação, incluindo sala adequada, geladeira específica para as vacinas e suporte auxiliar de energia, dentre outras coisas. Não é simplesmente colocar a vacina na geladeira e fazer a aplicação; o farmacêutico tem que ter toda uma estrutura física compatível com as necessidades”, enfatiza Alexandre Magalhães.
Tudo isso está detalhado na RDC 197/2017 da Anvisa, que remete à Resolução nº 50/2002 , também da Anvisa.