Dia do Farmacêutico é comemorado pelo CFF com outorga de Comenda, e diretor do CRF-MT é um dos homenageados
O Dia do Farmacêutico (20 de janeiro) foi comemorado, em 2018, nesta sexta-feira (16.03.18) à noite, com uma solenidade que teve como momento de destaque a outorga da Comenda do Mérito Farmacêutico, a maior honraria concedida na profissão farmacêutica, no País. O ato coincidiu com a realização da 64ª Reunião Geral dos conselhos Federal e regionais de Farmácia e com a Reunião Plenária do CFF. Vinte e sete farmacêuticos e um promotor de Justiça, representando cada Unidade da Federação, foram homenageados com a Comenda, por terem contribuído para o fortalecimento da profissão farmacêutica. Durante a solenidade, o CFF premiou os farmacêuticos e estudante de Farmácia vencedores da edição de 2017 do Prêmio Jayme Torres de Farmácia. O ato solene foi seguido de um coquetel.
O SONHO DE SERVIR – Em discurso que proferiu na solenidade, o presidente do CFF, Walter Jorge João, evocou palavras do escritor Monteiro Lobato, para realçar o comprometimento social e o espírito de equidade que marcam o dia-a-dia do farmacêutico. Lobato escreveu um texto lendário, que leva o título de “O papel do farmacêutico”.
“Quando disse que, ao ‘aviar uma receita’, o farmacêutico não vê distinção entre o fígado de um Rothschild e o de um pobre da roça, Monteiro Lobato referia-se ao ato de o farmacêutico prestar cuidados, com amor e qualidade. Quem põe o coração à frente do que faz, não vê o dinheiro, em primeiro lugar. O seu compromisso de farmacêutico é construído numa relação profunda de amor ao próximo, à saúde, à sua profissão”, lembrou Dr. Walter Jorge. Em tempo: os Rothschild são os membros da proeminente família de banqueiros e investidores do Reino Unido.
Para Dr. Walter Jorge, se estivesse vivo, Monteiro Lobato precisaria “de muito mais tinta e papel” para escrever sobre os avanços que o farmacêutico conquistou para a profissão, a sociedade, a saúde pública e o mercado, nos últimos anos. “Talvez, o seu texto”, acrescentou o presidente do CFF, “começasse dizendo que, para oferecer o vasto elenco de atos e serviços de sua alçada, o farmacêutico precisaria ter uma excepcional qualificação. E a tem”.
Lobato, segundo previu Dr. Walter, diria, também, que o farmacêutico está bebendo da fonte mais pura da farmácia clínica, com o objetivo de prestar cuidados diretamente ao paciente, e de buscar capacitação nas análises clínicas, a complexa e ilimitada área responsável pela confirmação do diagnóstico de doenças.
O presidente do CFF disse que Monteiro Lobato “iria maravilhar-se”, ao ver o que os passos firmes que a profissão farmacêutica está dando. “Temos resoluções do Conselho Federal de Farmácia, lei e todo um conjunto normativo conectados com as novas necessidades em saúde e com as novas demandas do mercado”, acrescentou. Enfatizou que as mudanças previstas para o setor de saúde só serão bem-sucedidas, se os cuidados farmacêuticos estiverem no centro das mesmas.
E concluiu o seu discurso, dizendo: “O farmacêutico está tendo a sua autoridade técnica consolidada. O fígado do pobre da roça e o de um Rothschild continuam merecendo o mesmo olhar compassivo, técnico, científico e social do farmacêutico. Chegar a esta estatura é resultado da luta de tantos farmacêuticos, conhecidos ou anônimos, que vão deixando a sua assinatura junto à de Monteiro Lobado”.
. Por Aloísio Brandão, jornalista do CFF.
NOTA DO CRF-MT: O Diretor Tesoureiro do Regional de Mato Grosso, Dr. Ednaldo Anthony, foi um dos homenageados com a Comenda do Mérito Farmacêutico.