Casos de Leishmaniose preocupam profissionais da saúde
A ocorrência cada vez maior de casos de Leishmaniose têm chamado a atenção de especialistas da saúde. Caracterizada por um conjunto de doenças causadas por protozoários do gênero Leshmania, a Leshimaniose é transmitida por insetos vetores, conhecidos como flebotomíneos. As manifestações podem ocorrer na pele ou nos órgãos internos. Este último caso, chamado de visceral, é considerada grave e pode levar a morte.
O farmacêutico Alexandre Reis, que é doutor em parasitologia e imunologia, alerta para a necessidade de ficar atento aos sintomas da doença.“O importante é que a população tenha conhecimento sobre a doença e que, a partir de sinais clínicos, como febre e hepatomigalia, que é o crescimento do fígado, esplenomigalia, que é o crescimento do baço, anemia, os médicos possam estar sensibilizados em áreas endêmicas para que possa ser realizado o encaminhamento e o tratamento mais breve possível desses pacientes que tiverem o diagnóstico confirmado da leishmaniose visceral”.
Os parasitas causadores das leishmanioses são transmitidos ao homem e a outras espécies de mamíferos, tendo o cão e a raposa como hospedeiros. Ao contrário do que acontece com o Aedes Aegypti, transmissor da dengue, o inseto vetor não se reproduz em água, mas em matéria orgânica. O ataque ocorre especialmente nas primeiras horas da manhã e ao entardecer.
O especialista ressalta que proprietários de animais domésticos devem tomar cuidados específicos para evitar contaminação. “Deve-se mantê-los em canis, principalmente ao amanhecer e ao entardecer. Esses ambientes devem ser limpos constantemente, telados, com tela fina, que impeçam a entrada de insetos”. Para uma proteção individual dos cães é recomendado o uso de coleiras impregnadas com inseticidas porque elas evitam o contato desses vetores com esses animais.
O farmacêutico lembra que a doença passou a ser registrada nas últimas décadas em países onde não existia – como Argentina, Uruguai e Paraguai. Também ressurgiu em locais onde estava sob controle. No Brasil são 3.500 ocorrências por ano.
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