Parceria entre CFF e Senad viabilizará pesquisa sobre tratamentos homeopáticos antidrogas
A 457ª Reunião Plenária Ordinária do Conselho Federal de Farmácia (CFF) teve, na quinta-feira, dias 27 de abril, em Brasília, a participação da coordenadora de Pesquisa da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas do Ministério da Justiça, a farmacêutica Cejana Passos. A presença dela foi o primeiro passo dado para selar uma parceria entre Senad/MJ e o CFF, por meio de seu Grupo de Trabalho sobre Homeopatia, com o propósito de realizar pesquisas sobre homeopatia no tratamento de dependentes químicos.
A parceria deverá viabilizar também, ao término das pesquisas e constatada a eficácia dos tratamentos, o acesso de farmacêuticos às substâncias necessárias para a produção dos ativos utilizados nas terapias. “O uso de drogas é um problema mundial e as intervenções tem uma reposta positiva muito baixa. Todas as alternativas que possam contribuir para a mudança desse cenário são de grande interesse da Senad”, comentou Cejana Passos. Ela informou que atualmente a Secretaria tem, em desenvolvimento, outros oito projetos de pesquisa relacionadas a ativos com potencial eficácia no tratamento das dependências químicas.
A integrante do GT sobre Homeopatia, Amarilys Cesar, que também é presidente da Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas, informou que já existem pesquisas com evidências de resultados positivos desses tratamentos homeopáticos. Ela própria participa de uma, realizada na Universidade Federal de São Carlos (UFSC), em parceria com o CAPS-AD localizado no município.
“Observamos uma superioridade da homeopatia em relação ao placebo no tratamento da fissura por cocaína. Se estes resultados forem confirmados por novos estudos, a homeopatia poderá ajudar na reabilitação psicossocial dos dependentes de cocaína ou crack”, comenta. Amarilys Cesar ressalta a importância da parceria para o respaldo aos farmacêuticos que atuam na área, mas destaca que ela será especialmente importante para os pacientes que poderão ser mais amplamente beneficiados.
Fonte: Comunicação do CFF