Conselho Municipal de Saúde e as melhorias na PNAF
Por: Luiz Perlato
Fonte: CRF-MT
Segundo Julio Cesar de Souza Garcia, vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde de Cuiabá, o Conselho tem acompanhado a dificuldade do acesso do cidadão aos medicamentos.
Por ocasião de sua participação na oficina PNAF em Mato Grosso, o vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde de Cuiabá, Julio Cesar de Souza Garcia, falou da importância das oficinas estarem acontecendo neste momento. Ele observou que as oficinas são uma preparação para as conferências municipais, estaduais e federal que irão ocorrer no ano que vem. “Os farmacêuticos já estão fazendo um trabalho, e mais importante ainda será a participação deles nas conferências”, disse ele.
Ainda conforme Júlio, já se passaram 10 anos da assistência farmacêutica, e, pelo controle social, o Conselho tem acompanhado a dificuldade do acesso do cidadão aos medicamentos. “A gente vê uma dificuldade dos gestores na compra desses medicamentos e a falta de planejamento para a execução dessas compras com relação às licitações. O processo causa uma demora na aquisição dos medicamentos, dificultando o acesso aos usuários. Outra questão a ser ressaltada é no que tange à judicialização, para que o cidadão possa ter o acesso aos medicamentos”, explica ele.
Visando alcançar uma melhoria na assistência à sociedade, Júlio informou que o Conselho Municipal de Saúde está buscando, cada vez mais, a parceria dos profissionais envolvidos. “Porque a gente sabe que o tratamento depende dos medicamentos”, observou ele, salientando que, além dos farmacêuticos, têm os enfermeiros, os profissionais de educação física e todos os demais, que vão poder estar ajudando a sociedade.
Para o representante do Conselho Municipal de Saúde de Cuiabá, “deve existir uma integração de várias profissões, porque hoje temos medicamentos que estão em falta em função dos laboratórios não estarem forecendo. Mas existem outros, dentro da relação, que podem substituir os medicamentos em falta, e então é preciso que os profissionais saibam utilizar o que há à disposição”.
O Conselho Municipal também está acompanhando o relatório anual de gestão. “Tivemos um enorme crescimento em várias análises, nas discussões das necessidades dos usuários, e hoje já estamos tendo uma visão mais real das dificuldades na aquisição de medicamentos. A gente verifica que muitas vezes não é apenas a gestão pelo medicamento, mas também falta aos profissionais terem conhecimento do Remune, que é a relação municipal dos medicamentos, do que está preconizado e o que não consta”.