Mercado aberto: Laboratório começa a fabricação de remédios com código de rastreabilidade
Por: Maria Cristina Frias
Fonte: Folha de S.Paulo
Com mais de um ano de antecedência do prazo da Anvisa para a implantação do Sistema de Rastreabilidade de Medicamentos, o setor farmacêutico começa a testar o mecanismo.
“Toda mudança nas linhas de produção precisa de aprovação da Anvisa. Por isso, as empresas estão se adiantando para não terem problemas perto do prazo final”, diz Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma (sindicato da indústria).
A Libbs já produz o anticoncepcional Iumi com o código que será obrigatório em parte dos remédios nacionais a partir de dezembro de 2015. Ao menos outros 30 laboratórios compraram equipamentos para se prepararem para cumprir a norma.
O código permitirá um monitoramento dos remédios desde a produção até o ponto de venda, o que ajudará a coibir roubo, comércio clandestino e falsificação. “Estamos nos antecipando para termos tempo de fazer ajustes, se forem necessários”, diz Marcia Martine Bueno, diretora da Libbs.
A empresa ainda não precisou em quanto aumentarão as despesas. Por ora, apenas em equipamentos foram alocados cerca de R$ 7 milhões. “É um custo a mais, mas o benefício para o consumidor, de ter a qualidade do medicamento garantida, além de reduzir roubos de lotes, compensa e pode ser absorvido.” “A falsificação nem é mais o maior problema, e sim a distribuição de cargas roubadas, que podem não ter sido bem acondicionadas e mantidas.” A Libbs fará uma apresentação nesta quarta-feira (8) em sua fábrica paulista, de onde um lote à venda em Brasília será acompanhado.