CRF-MT e Sinfar-MT fazem ação para esclarecer a população sobre a MP 653/14
Por: Luiz Perlato
Fonte: CRF-MT
Com uma panfletagem na rua, as entidades esclareceram pedestres e motoristas sobre o que está acontecendo em Brasíla. O panfletaço contou com a presença do diretor do CRF-MT, Ednaldo Anthony Jesus e Silva, e do presidente do Sinfar-MT, Wille Calazans, além de estudantes e farmacêuticos.
O Conselho Regional de Farmácia do Estado de Mato Grosso (CRF-MT) e o Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Mato Grosso (Sinfar-MT) promoveram um novo ato em Cuiabá-MT, na manhã desta quinta-feira (27), contra a Medida Provisória 653/14.
Enquanto o presidente do Conselho, Alexandre Henrique Magalhães, acompanhou de perto tudo o que aconteceu hoje em Brasília, que resultou em um novo adiamento da votação do relatório da MP 653/14, o diretor da entidade Ednaldo Anthony Jesus e Silva comandava, com diretores do Sinfar, uma intensa panfletagem em um dos cruzamentos centrais da capital de Mato Grosso.
O ato aconteceu no cruzamento das avenidas Mato Grosso e CPA, a partir das 9h, com a presença de farmacêuticos e de um grupo animado de estudantes de Farmácia de Cuiabá.
O objetivo desta vez foi conscientizar a população sobre a importância do farmacêutico nas farmácias, e quem passou pelo entroncamento das avenidas naquele momento, a pé ou de carro, foi alertado sobre a séria ameaça ao direito da sociedade quanto à assistência farmacêutica, representado pela MP 653/14 e também pelo relatório preliminar do seu relator, deputado Manoel Junior (PMDB-PB).
Os farmacêuticos e acadêmicos conversaram com motoristas e pedestres, alertando a todos sobre a possibilidade iminente das farmácias ficarem sem o profissional farmacêutico, que é o único, no estabelecimento, capacitado para a orientação sobre medicamentos.
Pelas respostas de quem foi abordado na rua, percebeu-se que preocupação do CRF-MT e Sinfar-MT, de esclarecer a população, tem fundamento. A maioria dosentrevistados desconhecia a existência da MP 653/14 e demonstraram preocupação quando ficaram sabendo dos riscos que a população está correndo, de ficar sem farmacêuticos para orientá-los nas farmácias.
Segundo Regina Maura de Almeida, moradora de Poconé que estava de passagem por Cuiabá nesta manhã, o atendimento com um profissional farmacêutico é diferenciado e oferece maior segurança. “Com certeza, sou contra esta medida provisória.Esta informação tem que ser mais divulgada para nós no interior, porque eu, por exemplo, não sabia que estava acontecendo tudo isso lá em Brasília”, disse a senhora.
“O farmacêutico estudou pra isso, portanto é ele quem deve continuar nos orientando nas farmácias.
Se as farmácias não tiverem mais farmacêuticos a gente vai deixar de ter segurança ao comprar remédios, porque os demais atendentes, por ais eficientes e atenciosos que sejam, não são estudados no setor e não possuem conhecimento suficiente”, completou ela.
Para o acadêmico de Farmácia da Unic, Wéder Felipp, a apresentação da MP 653/14 foi um desrespeito com a sociedade. “O único que entende do medicamento e que, portanto, é capacitado para fazer a assistência farmacêutica com os pacientes de forma correta é o profissional farmacêutico”, disse ele, acrescentando que medicamento é coisa séria e tem vidas em jogo.
“A farmácia não é comércio, é estabelecimento de saúde. Então é necessária a presença do profissional farmacêutico”.