É preciso orientar a população sobre a Esclerose Múltipla
Mais de 35 mil pessoas têm Esclerose Múltipla no Brasil. Apesar de não ser uma enfermidade desconhecida, é muitas vezes invisível.
Neste quarta-feira (26.05) é celebrado o Dia Mundial da Esclerose Múltipla (EM), dedicado a aumentar a conscientização sobre a doença.
A Esclerose Múltipla é uma doença crônica, inflamatória e degenerativa, que afeta o sistema nervoso central. Ela não tem cura e acomete mais de 2,3 milhões de pessoas no mundo. A maioria dos pacientes é composta por jovens, principalmente mulheres de 20 anos a 40 anos de idade.
O farmacêutico e conselheiro do CRF-MT, Luís Köhler destaca que os medicamentos para tratar a EM geralmente são caros e necessitam de armazenamento, manuseio e administração especiais. “É fundamental ter um farmacêutico junto a equipe multidisciplinar, principalmente para evitar a falta de adesão ao tratamento, ou até mesmo em caso de falha terapêutica, procurando assim, junto com outros profissionais de saúde, um melhor esquema terapêutico e soluções para que o paciente possa dar continuidade ao seu tratamento”.
Lembrando que a Assistência Farmacêutica (AF) tem como componente fundamental o acompanhamento contínuo da farmacoterapia do paciente. Um programa de AF mais amplo se torna necessário para que melhor se atenda às necessidades dos pacientes, obtendo assim resultados plausíveis com o tratamento.
O farmacêutico e conselheiro do CRF-MT, Ednaldo Anthony Jesus e Silva explica que vários fatores podem estar na sua origem, desde a hereditariedade, o ambiente ou o sistema imunológico. Infelizmente ainda não há uma cura disponível, mas seu tratamento consiste em medicamentos que visam prevenir a ocorrência de novos surtos neurológicos e na redução dos sintomas.
“Fadiga, perda de equilíbrio, dificuldade em usar a coordenação motora fina podem passar despercebidas, tornando o diagnóstico e o tratamento precoce mais difíceis. É preciso ressaltar a importância de estar disposto a falar e a ouvir sobre a doença. A conscientização é necessária e acontece por meio da disseminação de informações. Dar voz a quem tem experiência é um dos primeiros passos para torná-la conhecida pelo grande público”.
Ednaldo ressalta que o farmacêutico junto a uma equipe multidisciplinar pode e deve garantir um atendimento de excelência aos portadores de EM, evitando assim a baixa adesão ao tratamento e oferecendo uma melhor qualidade de vida a esses pacientes.