CRF-MT destaca o papel do farmacêutico na Oncologia
O tratamento oncológico é sempre uma etapa delicada e que exige uma atenção maior e cuidados específicos, especialmente quando o próprio paciente será o responsável pela terapia medicamentosa prescrita pelo médico em seu ambiente domiciliar. Portanto, a postura do profissional farmacêutico fará toda a diferença nesse momento.
Devido a isso, o Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso (CRF-MT), alerta aos farmacêuticos que trabalham na Oncologia para que averbem as suas titulações no Conselho.
A Resolução do CFF nº 640/2017 é clara em estabelecer o prazo para regularização deste profissional da Oncologia junto aos Conselhos Regionais de Farmácia.
O prazo de prorrogação feita pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) finaliza em 31/12/2020. Após esse prazo, somente poderão atuar na manipulação de medicamentos antineoplásicos e outros que ofereçam risco ocupacional ao manipulador, os profissionais que possuam a devida capacitação averbada nos CRF’s.
O Ministério da Saúde determina que todo serviço de alta complexidade no tratamento do câncer deve contar com um farmacêutico na equipe, especialmente quando há manipulação de quimioterápicos.
Nesse caso, o farmacêutico deve fornecer as instruções iniciais de uso dos medicamentos e efetuar o controle e o acompanhamento contínuo do tratamento. Esse cuidado é essencial para o êxito de todo o processo. Além disso, o profissional contribui para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, a fim de amenizar os sintomas daqueles que já estão sofrendo.
O presidente do CRF-MT, Iberê Ferreira da Silva Junior destaca a importância deste profissional tanto para medidas de suporte quanto para o tratamento das neoplasias. “Compete a esse profissional a seleção dos medicamentos e materiais por meio da verificação do cumprimento das exigências legais pelo fornecedor e da avaliação técnica dos produtos, sendo ainda responsável pela notificação de desvios de qualidade aos órgãos reguladores”.
O armazenamento dos medicamentos é outra etapa crítica onde a presença do farmacêutico se faz indispensável. “É necessária a elaboração de procedimentos escritos de todos os processos (da aquisição à dispensação dos medicamentos) além de treinamento e reciclagem da equipe de farmácia para que sejam asseguradas a qualidade dos medicamentos antineoplásicos e a minimização dos riscos de exposição ocupacional a esses agentes”, conclui Iberê.
Biossegurança
As medidas de biossegurança durante a manipulação de antineoplásicos é essencial para minimizar a exposição dos profissionais de saúde aos riscos inerentes a essas substancias.
De acordo com a RDC 306/04 afirma que a biossegurança é um conjunto de estudos e procedimentos que visam a evitar ou controlar os riscos provocados pelo uso de agentes químicos, físicos e agentes biológicos à biodiversidade na área da oncologia.
Suas ações são voltadas a prevenção, minimização ou eliminação de riscos visando à saúde do homem, a preservação do ambiente e a qualidade dos resultados, agindo como um guia para a adequação de normas que visem à proteção dos trabalhadores de saúde.