História de um farmacêutico de sucesso
Por: Luiz Perlato
Fonte: CRF-MT
Embalado por uma ideia do atual presidente do CRF-MT, Alexandre Magalhães, e do então presidente do Conselho, José Ricardo, tempos atrás um jovem farmacêutico montou a própria farmácia em Dom Aquino-MT. A iniciativa foi bem sucedida, e nesta segunda-feira (2) Rodrigo Antonio da Silva inaugurou outra farmácia no interior do Estado, em Poxoréu. Recentemente ele compareceu ao CRF-MT, para agradecer ao presidente da entidade pela orientação recebida.
Esta história de empreendedorismo na área farmacêutica teve início há três anos, quando Rodrigo, que até então era funcionário de uma farmácia, foi a Rondonópolis, buscar sua carteira profissional. Era uma daquelas ocasiões em que o CRF-MT faz a entrega de carteira e promove reuniões com os farmacêuticos nas seccionais.
Numa conversa com o então presidente do Conselho, José Ricardo, e o atual presidente do CRF-MT, Alexandre Henrique Magalhães, que era, na época, presidente do Sinfar-MT, ele foi aconselhado a montar uma farmácia.
Formado em 2011 na UNIC, o jovem farmacêutico seguiu o conselho ao pé da letra. Voltou para Dom Aquino-MT e começou, imediatamente a por a ideia em prática. No caminho de volta à cidade onde morava, ele já havia planejado como iria fazer. A primeira providência foi vender seu veículo e financiar o restante para a realização do projeto.
“Fiz tudo o que tinha que fazer, e fui sem medo”, diz ele. Dom Aquino é uma cidade com cerca de 5 mil habitantes, próxima de Campo Verde, no Sul do Estado. Na localidade já havia três farmácias estruturadas, mas Rodrigo achava que faltava alguma coisa, em termos de atendimento farmacêutico, e foi com esta visão que ele se estabeleceu como dono de farmácia.
“Tive um respaldo muito bom do CRF-MT, por isso fiz questão de comparecer na sede do Conselho para agradecer ao presidente. No dia em que eu recebi a ideia de Alexandre Magalhães e José Ricardo, do almoço com eles em Rondonópolis eu já saí pensando em montar a farmácia. Montei a farmácia onde parecia que já tivesse muita farmácia para poucos habitantes, mas logrei sucesso com o meu diferencial, que é o atendimento farmacêutico, e graças a Deus conseguimos, agora, expandir para outra cidade”.
Para Rodrigo, as grandes redes, localizadas nos grandes centros, esqueceram as pequenas cidades. Em muitas cidades pequenas ainda falta atenção farmacêutica. “Eu via as necessidades do município, e por isso abri a minha farmácia para atender às necessidades da população. O diferencial nosso é a atenção farmacêutica”, frisa ele, complementando que não tem balconistas, porque em suas farmácias todos são tratados como ajudantes ou colaboradores. “Em Dom Aquino deu muito certo, e, inclusive, fui destaque como empresário e como farmacêutico também, perante a sociedade”.
De acordo com Rodrigo, o atendimento que o CRF-MT oferece aos farmacêuticos é excelente. “Só no ano passado eu tive 7 visitas de representantes do Conselho, e em todas as ocasiões eles sempre procuram nos ouvir para identificar as nossas dificuldades e em seguida prestam toda orientação possível. A fiscalização, por exemplo, não é aquela fiscalização punitiva, é muito mais orientativa, e isso é muito bom. Teve inclusive uma fiscal de Barra do Garças que passou lá uma vez, e nem era o setor dela. Ela conversou bastante e me ensinou várias coisas que eu tinha dúvidas.
Hoje com 28 anos de idade, o empresário anuncia que quer montar uma cooperativa de farmacêuticos, com os proprietários de farmácia no interior. “Com isso poderemos comprar os medicamentos com preços mais compatíveis, para podermos vender com preços menores. Mas é fundamental observar que não é só questão de preço, pois a gente também tem que trabalhar com atendimento de qualidade”, ressalta Rodrigo.
Ele destaca que o farmacêutico tem que estar presente no estabelecimento, e em sua opinião o dono da farmácia tem que ser farmacêutico. “Não preciso citar onde eu trabalhei como funcionário, anteriormente, mas aguentei muita coisa calado, vi muita coisa errada e tinha que ficar quieto, mas saí de lá satisfeito, porque muita coisa do que hoje eu sei foi lá que aprendi, no dia a dia. Lá era só eu, não tinha balconista, não tinha mais ninguém. Era eu que fazia tudo de cabo a rabo, inclusive pedidos. E como eu também conhecia todo mundo, o maior sucesso que eu tive foi o contato mesmo com a população. Acho que isso ajuda muito o farmacêutico”.
Além de Dom Aquino e agora em Poxoréu, Rodrigo pretende abrir farmácias em mais duas cidades no interior de Mato Grosso, mas prefere não fornecer detalhes, por enquanto.