Farmacêuticos reforçam a importância da educação sanitária
Nesta quinta-feira (11.06), comemora o ‘Dia do Educador Sanitário’. Este profissional investiga, alerta e orienta a população sobre os cuidados higiênicos e sanitários adequados para evitar os problemas de saúde no mundo inteiro.
No Brasil, foi durante as décadas de 1930 e 1940 que o Estado pôs em prática a ideia de educar a população para a saúde. O governo passou a se preocupar com a implementação de políticas públicas de educação sanitária. O objetivo que norteava as reformas era a construção de uma nação com trabalhadores e crianças saudáveis.
A farmacêutica, Aparecida Domingos Nascimento Machado (mais conhecida como Cidinha), explica que conscientizar a população de forma crítica e participativa é o fator mais importante para se estabelecer um verdadeiro trabalho educativo sanitário e conseguir resultados, do ponto de vista prático, em termos de saúde.
“Um simples ato de escovar os dentes todos os dias, lavar as mãos quando chega da rua e até dá descarga depois de usar o banheiro, está na educação sanitária que foi passada pelos profissionais de saúde para a sociedade”, destaca Cidinha.
Cidinha relata que faz um trabalho no município de Pedra Preta (245 km da Capital), há mais de oito anos que se chama “Saúde Confiança’, orientando as pessoas neste simples gesto de cuidar da saúde. “O farmacêutico sempre fez estas orientações junto a população, porque quando as pessoas começam a adoecer o primeiro local que eles procuram é a farmácia”.
A farmacêutica explica que a campanha que realiza no seu município é bem simples, mas que causa muito efeito. “Toda última quinta-feira do mês atendo em média 30 pacientes na realização de testes de glicemia capilar, aferição de pressão arterial e orientações farmacêuticas”.
Cidinha destaca que faz todos esses atendimentos gratuitos. “Além dos testes realizados, aproveito para fazer uma consulta farmacêutica, e quando há casos que necessitam de atendimentos médicos, os encaminho”!
Outro profissional que também faz este tipo de educação sanitária é o farmacêutico, Leandro Barbosa. Ele trabalha em uma farmácia no município de Várzea Grande, onde realiza atendimentos e orienta a população carente do bairro Parque do Lago há mais de seis anos.
Segundo o farmacêutico, a prevenção sanitária é um valor ético que constitui um reconhecimento da importância do bem-estar psicofísico e social, de acordo com a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS). Prevenir, ao invés de curar, implica na eliminação ou na limitação do sofrimento e da angústia provenientes das doenças. Além disso, a conscientização da comunidade é um pré-requisito para que sejam alcançados níveis elevados de saúde. É necessário que a sociedade esteja orientada sobre como proceder em relação ao uso de medicamentos e conheça as doenças mais prevalentes em seu meio, bem como as maneiras para preveni-las ou minimizar suas complicações.
Leandro destaca que incentivar a ação comunitária reforça todas as medidas adotadas para a promoção da saúde. A comunidade passa a ser um forte aliado com vista à utilização racional de medicamentos, identificando os problemas mais frequentes e compartilhando com o farmacêutico a responsabilidade pela divulgação da informação para todos os indivíduos.
“Por isso, é necessário atuar junto às famílias, propondo despertar nelas a sua responsabilidade ético-social no campo da educação. Deste modo, poderiam reduzir bastante os riscos de caráter patogênico, como, aliás, mostram as estatísticas disponíveis, que tipificam o aparecimento de doenças similares, de origem sanitária, dentro da própria família. Com mais frequência, isto acontece com as crianças e os adolescentes sem a devida educação a respeito”, concluiu o farmacêutico.