O novo coronavírus mudou nosso foco. Mas a dengue continua entre nós
Diante da atual crise epidemiológica causada pela pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19), as atenções do mundo estão voltadas para medidas de higiene pessoal e isolamento social para evitar o avanço da doença. Porém, é necessário manter os cuidados quanto aos antigos e conhecidos agentes endêmicos que continuam se reproduzindo como é o caso do mosquito Aedes aegypti.
De acordo com a 18º edição do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde sobre o Monitoramento dos casos de arboviroses urbanas transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti (dengue, chikungunya e zika), de 29/12/2019 a 25/04/2020 foram notificados 639.608 casos de dengue no Brasil. A região que apresentou maior incidência de casos foi o Centro-Oeste, com 756,4 casos/100 mil habitantes, em seguida está a região Sul (733,8 casos/100 mil habitantes), Sudeste (265,1 casos/100 mil habitantes), Nordeste (82,5 casos/100 mil habitantes) e Norte (81,5 casos/100 mil habitantes).
Até a décima sétima semana deste ano foram confirmados 240 óbitos por dengue distribuídos nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Brasília e Paraná. Até o momento, 216 óbitos ainda estão em investigação em 10 distritos da federação. O Ministério da Saúde aponta que a faixa etária acima de 60 anos representa 59,6% dos óbitos confirmados por dengue.
Uma saída interessante para fazer sua parte é aproveitar esse período de isolamento para erradicar os criadouros do mosquito e permitir a entrada dos agentes de endemias nas residências durante as visitas rotineiras realizadas pelas equipes de vigilância em saúde.
Ciclo de vida do Aedes aegypti
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Friocruz) o Aedes aegypti passa por quatro etapas até chegar à fase adulta, o ciclo de desenvolvimento pode variar de sete a 10 dias de acordo com a temperatura, quantidade de larvas no mesmo criadouro e alimentos disponíveis. As fases de evolução do vetor são: ovos, larvas, pupa e adulto.
Principais criadouros
Reservatórios como caixas d’água, galões e tonéis são os criadouros maiores e que oferecem mais riscos. Porém, a proliferação do mosquito não ocorre apenas em criadouros espaçosos, a população deve ficar atenta a reservatórios menores como vasos de plantas, calhas entupidas, bandejas de ar-condicionado, garrafas, lixo a céu aberto, pneus e outros recipientes com água limpa e parada.
Fonte: Comunicação do CFF