Vacina contra gripe: Farmacêuticos devem esclarecer a população sobre a importância da imunização
A vacinação contra os três tipos de vírus influenza que circularam no ano passado está em andamento em todo o país. Uma novidade nessa campanha é que as farmácias estão participando da campanha como postos de vacinação.Você, farmacêutico, se estiver aplicando vacinas deve fazer o seu serviço com segurança. Havendo fila de pacientes no local da imunização, a orientação é manter uma distância de pelo menos 2 metros dos demais, principalmente os idosos.
Na sua cidade pode estar havendo uma estratégia de vacinação diferenciada. Para uma orientação sobre isso, entre em contato com a Secretaria de Saúde local.
Lembrando, ainda, que como profissional da saúde diretamente envolvido na assistência aos pacientes, seja na linha de frente ou nas atividades de retaguarda, os farmacêuticos fazem parte do primeiro grupo a ser vacinado, junto com os idosos a partir 60 anos. Se você ainda não foi vacinado, faça isso imediatamente.
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Um esclarecimento do Ministério da Saúde é que, muito embora ainda não haja uma vacina específica contra o coronavírus, a vacina contra a gripe evita que a pessoa tenha outros tipos de doenças respiratórias.
Além disso, os especialistas reconhecem a importância do programa brasileiro de imunização como uma referência internacional de política pública de saúde. É por meio dele que a população brasileira tem acesso gratuito a vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), destacando ainda que o PNI fez com que o país erradicasse doenças de alcance mundial como a varíola e a poliomielite paralisia infantil.
Por outro lado, tem-se verificado a atuação dos movimentos antivacina no país. São correntes que se baseiam principalmente em fake news, notícias falsas, sobre possíveis efeitos nocivos das vacinas. O movimento chegou a ser incluído no relatório da OMS entre dez maiores riscos à saúde global.
Em decorrência dessas manifestações antivacina, foi notado que, apesar da excelência do seu PNI – Programa Nacional de Imunizações – o Brasil não está mais atingindo os níveis mínimos de segurança para a população para erradicar doenças. As pessoas estão morrendo até de meningite e de câncer de colo de útero, embora as vacinas existam.
O alerta para o tema veio com o surto de sarampo em território nacional, com mais de 18 mil casos confirmados no ano passado, depois de o Brasil ter conseguido, em 2016, o certificado da Organização Pan-americana da Saúde como país livre do sarampo. Segundo o Ministério da Saúde, a baixa cobertura vacinal é responsável pela volta da doença ao País.
Um dos papéis do farmacêutico é esclarecer a população de que as vacinações são importantes. Não existe vacina contra os coronavírus. Mas a imunização contra a gripe comum e outras doenças pode contribuir, por exemplo, para que as pessoas deixem de ir às unidades de saúde em busca de atendimento, em tempos de coronavírus, quando os hospitais já estão lotados.