Categoria farmacêutica está representada na nova diretoria da SBIS
A categoria farmacêutica amplia cada vez mais a sua participação no debate e nas ações pela transformação digital da saúde no Brasil. Agora, os farmacêuticos estão representados na nova Diretoria da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), entidade que há 16 anos promove o desenvolvimento da tecnologia da informação aplicada à saúde no país. O cargo conquistado é o de diretor de Admissão, e será ocupado pelo coordenador do Grupo Interinstitucional de Trabalho (GIT) da Farmácia Digital do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Eugênio Zimmer Neves.
A nova Diretoria foi eleita durante o Congresso eSaúde & PEP 2019, realizado entre os dias 2 e 4 de dezembro, em São Paulo (SP). O CFF, que tem a Farmácia digital como pauta prioritária, foi representado pelo coordenador do GIT da Farmácia Digital e pela vice-coordenadora do grupo, Josélia Frade. “É a primeira vez que participamos da gestão da SBIN, o que se reveste de grande relevância, pois a entidade colabora com os mais importantes órgãos públicos relacionados com a saúde”, comenta Eugênio Neves. Entre esses órgãos estão a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e o Ministério da Saúde.
Palestras – O CFF participou ativamente do Congresso eSaúde & PEP 2019. Eugênio Neves proferiu palestras no dia 3, sobre o tema “Tecnologia e Farmácia: a Conexão Necessária para a Continuidade do Cuidado”, e no dia 4, sobre “A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) na visão dos Conselhos Profissionais”. No dia 3, Josélia Frade, assessora da Presidência e vice-coordenadora do GIT da Farmácia Digital do CFF também integrou, como palestrante, a mesa da qual participou Eugênio Neves.
Três eixos marcaram os debates no Congresso. O primeiro foi Certificação Digital e contemplou a necessidade identificação eletrônica para os atores envolvidos na prestação de serviços de saúde, para garantir que prescrições, ordens médicas, anotações e registros eletrônicos sejam registrados digitalmente de maneira que não possam ser alterados ou falsificados. O segundo foi o Papel do Profissional da Saúde na Transformação Digital no qual os participantes tiveram oportunidade de conhecer as ações que as profissões da saúde (especialmente Enfermagem e Farmácia) estão desenvolvendo no âmbito da informática em saúde. O terceiro e último eixo foi a LGPD, que é central a todo o problema do registro de informações em saúde tendo o objetivo de garantir a necessária segurança, privacidade e confidencialidade de dados pessoais de saúde.
Dentro desse eixo, participou também o farmacêutico Fábio Campelo Santos da Fonseca. Chefe do Serviço de Regulação Assistencial, vinculado à Coordenadoria de Gestão Clínica (CGC), da Diretoria de Atenção à Saúde da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), ele falou sobre os pontos críticos na aplicação da LGPD, na visão das instituições de saúde. Entre esses entraves ele citou a falta de conhecimento por parte dos profissionais da saúde e a rigidez da legislação em relação ao desenvolvimento de soluções por meio de startups.
“Hoje, a área da saúde é a que lidera o ranking de desenvolvimento de aplicativos. Acredito que, com a modernização da legislação para as startups, as instituições públicas e os gestores vão poder incentivar o desenvolvimento de novos aplicativos que venham atender os anseios da população em relação ao cuidado em saúde, melhorando a qualidade da assistência aos usuários desses serviços”, comenta Fábio Campelo, que é especialista em Informática em Saúde, pelo Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa, e mestre em Coordenação Médica e Gestão Clínica pela Universidade Nacional de Educação à Distância da Espanha (UNED).
Josélia Frade destacou que o evento permitiu muitas reflexões e o contraste entre distintos pontos de vista. Um exemplo foi o debate sobre a LGPD, que envolve não só os profissionais, mas todos os processos dentro da assistência à saúde. “Inclusive os processos farmacêuticos como a dispensação, que deverão ser certificados digitalmente, para garantir a proteção dos dados dos pacientes e relativos aos atos profissionais”, comenta.
Sobre a participação de um farmacêutico na diretoria da SBIS, Josélia enalteceu essa conquista. “Espero cada vez mais conectar com farmacêuticos que estão atuando na saúde digital e sonho ver uma participação mais ativa da profissão nesta pauta. Temos muito a contribuir”, frisou.
Diretoria – A principal tarefa da Diretoria de Admissão é verificar se os candidatos a membros da sociedade possuem titulação e produção científica compatíveis com a condição pleiteada. Eugênio Neves irá colaborar na organização de mais uma edição do Congresso Brasileiro de Informática em Saúde, previsto para 2020. Também é sua meta buscar maior articulação da SBIS com os movimentos de inovação tecnológica e empreendedorismo para a saúde.
Eugênio Neves coordenou a equipe que, em 2007, concebeu, desenvolveu e implementou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). A escrituração eletrônica dos medicamentos controlados liberou tempo para que os farmacêuticos brasileiros se dedicassem a atividades clínicas e de orientação aos pacientes. Atualmente ele participa em inúmeras atividades relacionadas com informática em saúde com especial ênfase na necessidade de adoção de padrões de informação que aumentem a segurança dos pacientes.
O GIT-Farmácia Digital do CFF, coordenado por Eugênio Neves, assessora o conselho no entendimento dos processos de transformação digital em curso na sociedade e que tem impacto na profissão farmacêutica, bem como seus processos e produtos. O objetivo da GIT é estabelecer um canal permanente e ativo de interlocução com a sociedade para que as inovações tecnológicas possam ser incorporadas aos trabalhos farmacêuticos em =benefício de toda a sociedade.
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Fonte: Comunicação do CFF