Organismo internacional muda orientação para tratamento da asma
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Durante crises, os brônquios se inflamam acentuadamente reduzindo a passagem de ar. O paciente tem tosse, falta de ar, chiado e aperto no peito. Os sintomas e a falta do tratamento adequado podem levar a pessoa à morte. No mundo a Organização Mundial da Saúde estima que existam 300 milhões de pessoas com asma. Recentemente a Gina –Iniciativa Global para Asma – lançou um documento com novas orientações para o tratamento da enfermidade.
O médico pneumologista e coordenador da Gina no Brasil, Rafael Stelmach, explica que passou a ser recomendado o tratamento contínuo diário com anti-inflamatórios com foco em prevenção, inclusive nos casos de asma leve em que as crises são esporádicas. “A Gina coloca que para adolescentes e adultos, a partir desse ano de 2019, o tratamento deve ser com medicamentos controladores, que melhoram a inflamação, controlam a doença e conseguem evitar essas crises, chamadas de exacerbações”.
O especialista diz que, neste sentido, o paciente com o diagnóstico de asma e apresentando exacerbações leves, moderadas ou graves, principalmente nestas faixas em que foram estudadas a modificação, deve receber os medicamentos anti-inflamatórios obrigatoriamente e, se necessário, medicamentos aliviadores para tirar os sintomas somente no momento em que eles forem constatados.
Para o pneumologista, hoje uma das principais dificuldades é a adesão ao tratamento, que deve ser contínuo e diário. Ele ressalta o papel do farmacêutico para ajudar no controle de doença crônica. “Na minha visão, não é possível controlar toda essa dificuldade de manutenção no tratamento contínuo dos pacientes sem a participação do farmacêutico. Então, o controle de uma boa qualidade de vida, a partir da utilização regular de medicamentos, pode ser avaliado e seguido por um farmacêutico”, afirma.
Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil cerca de 3 pacientes morrem por dia devido a complicações dessa enfermidade. E pelo menos metade dos adolescentes que apresentam sintomas, não possui o diagnóstico. Muitas vezes são tratados como se tivessem resfriado e gripe. O que pode agravar o caso. O que pode agravar o caso. Para acessar os documentos da Gina internacional confira o site no endereço ginasthma.org. Informações sobre a asma também podem ser conferidas no site www.ginanobrasil.org.br.
Fonte: CFF