Serviços farmacêuticos em farmácias privadas: desafios para a sustentabilidade
Data: 16/08/2017
Coordenadores de grandes redes de farmácias brasileiras comporão a mesa redonda sobre serviços farmacêuticos em farmácias privadas, dentro da programação do I Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas, que ocorre de 15 a 18 de novembro, em Foz do Iguaçu (PR). Sob a moderação do professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Cassyano Correr – mestre em Ciências Farmacêuticas e doutor em Medicina Interna -, representantes das redes Pague Menos (CE), PanVel (RS), São Bento (MS), Venâncio (RJ), Araújo (MG) e A Nossa Drogaria (RJ), apresentarão aos congressistas, os desafios enfrentados pelo setor varejista para a sustentabilidades dos serviços farmacêuticos.
O Dr. Cassyano, que coordena o Programa de Assistência Farmacêutica Avançada da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) e criou o software farmacêutico para farmácias e consultórios Clinicarx, explica que serão apresentados os serviços clínicos farmacêuticos que estão sendo prestados em farmácias e drogarias. Por exemplo, programas de acompanhamento a pacientes crônicos, revisão da medicação, campanhas de rastreamento em saúde, vacinação, entre outros.
De acordo com o professor, o debate será voltado a farmacêuticos atuantes em farmácias e estudantes que se interessam pela prestação de serviços farmacêuticos, atividade que atrai a maior parte dos farmacêuticos brasileiros. Os participantes poderão discutir questões práticas com os coordenadores de diversas redes de farmácias, profissionais com experiências reais de implementação desses serviços e do impacto deles sobre os pacientes, sobre a empresa e sobre os próprios farmacêuticos. “Qualquer profissional interessado nos caminhos da farmácia clínica no país vai gostar de participar deste debate”, afirma Cassyano.
Os serviços farmacêuticos se tornaram a mais forte tendência do varejo farmacêutico dos últimos anos. Cassyano explica que, neste sentido, há um movimento importante de empoderamento do farmacêutico, que vêm ocorrendo nas grandes redes de farmácias, lideradas pela Abrafarma, e que colocou os serviços no topo da lista de prioridades para muitas empresas. “Esse movimento vem mexendo com a cultura dessas empresas, incluindo setores como marketing, recursos humanos, finanças, regulatório, além do próprio trabalho do farmacêutico. A importância está na condução desse processo, de modo que os serviços se tornem viáveis para a empresa sob todos esses aspectos. Isso é que queremos dizer com: ‘em busca da sustentabilidade’”, explica.
A cobrança pelos serviços farmacêuticos é, segundo Cassyano, o principal desafio para a implementação e manutenção deles nos estabelecimentos. Por isso, um dos obstáculos a serem superados é a cultura de não cobrança por esses serviços, o que é bastante comum no mercado varejista e precisa mudar para que os serviços cresçam e se perpetuem. “Como não temos a figura do terceiro pagador, no caso governo ou planos de saúde, os serviços precisam ser cobrados diretamente dos pacientes. Isso limita o alcance, e exige que toda estratégia da implementação seja pautada por esse limite”.
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Fonte: Comunicação do CFF
Autor: Murilo Caldas