CRF-MT faz videoconferência com a presidente do CRM-MT para tratar da Receita Digital
Nesta quinta-feira (25.06), o presidente do Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso, Iberê Ferreira da Silva Junior e os conselheiros regionais, Wagner Coelho e Luis Fernando Köhler, realizaram uma reunião online com a presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), Hildenete Monteiro, para tratar sobre a receita digital.
As receitas médicas agora podem ser emitidas em meios eletrônicos, mediante a assinatura digital de um médico certificado via protocolo Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-BR), e transmitidas por vias de comunicação eletrônica, do médico ao paciente (ou representante legal) e do paciente à farmácia.
O presidente do CRF-MT, Iberê Ferreira da Silva Junior explica que essa reunião teve o objetivo de tratar de vários assuntos relacionados a receita digital e também aos novos protocolos para o coronavírus. “Nesse momento precisamos trabalhar em conjunto com o CRM-MT e a presidente, Hildenete Monteiro sempre nos atende muito bem e na próxima semana soltaremos uma nota em conjunto para tratar sobre esses novos protocolos da Covid-19”.
Iberê explica que ainda hoje muitos farmacêuticos tem problemas com a grafia dos médicos, e isso pode gerar problemas tanto para o profissional quanto para o paciente. “Com a prescrição médica eletrônica e as novas ferramentas tecnológicas ajudam a acrescentar inteligência a esse processo e melhorar os cuidados com a nossa saúde”.
A presidente do CRM-MT, Hildenete Monteiro disse que os profissionais farmacêuticos que tiverem problemas com essas receitas ilegíveis, podem encaminhá-las ao Conselho de Medicina. “De acordo com o código de ética médica, na questão de responsabilidade profissional, o Artigo 11 informa que receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação de seu número de registro no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos”.
Iberê finaliza dizendo que a automedicação, ou o uso de medicamentos indicados por parentes, amigos ou vizinhos, pode representar sérios riscos à saúde originados pelo uso do medicamento incorreto e causar intoxicação, mascarar doenças mais graves ou causar o agravamento dos sintomas ou mesmo alguma reação adversa. Nem sempre um medicamento indicado para uma pessoa serve para outra, depende muito do histórico de saúde de cada uma, de questões alérgicas, idade, entre outros vários fatores.
“A dica é evitar sempre a automedicação. No caso de haver necessidade de uso de medicamentos, a recomendação é que seja sob a orientação de um profissional de saúde. Se o paciente tem qualquer dúvida sobre uso de medicamentos ou sobre a prescrição, ele pode e deve procurar um farmacêutico. Para a segurança e garantia de medicamento de qualidade, os medicamentos devem ser adquiridos somente em farmácias ou drogarias e com orientação do farmacêutico. Caso os sintomas persistam ou piorem, procure atendimento médico”, destaca o presidente.
Receita digital x receita digitalizada
Pode parecer a mesma coisa, mas não é. Um documento digital é aquele que é inteiramente eletrônico. Um e-mail, por exemplo, é um documento digital, pois ele nasce digital e permanece digital. Portanto, se o prescritor fez uma receita física, em papel, com carimbo e assinatura em caneta, não adianta escanear ou tirar uma foto, pois não é considerado um documento digital, e não pode ser aceito pelo farmacêutico. Já uma assinatura digital é diferente. Ela é feita de forma eletrônica, em um documento eletrônico, e o modelo oficial utilizado no Brasil é o ICP-Brasil.